Comer com prazer: como romper com padrões que não nos representam

Já percebeu que a alimentação virou uma lista de regras a serem seguidas? Comer passou a ser sinônimo de controle, disciplina e vigilância constante do corpo. Nesse contexto, a satisfação – ou prazer, que é uma parte essencial da experiência de comer – foi sendo deixada de lado, como se não tivesse lugar em uma alimentação “ideal”. Como se a comida fosse apenas seus nutrientes.

Os padrões alimentares dessa cultura de dieta, não foram feitos para acolher a diversidade de corpos, rotinas, culturas e histórias. Foram construídos com base em ideais estéticos rígidos, distantes da realidade. Esses padrões excluem a pluralidade de significados da comida: afeto, memória, cultura, identidade, história, união. Além disso, geram culpa, vergonha e desconexão com o próprio corpo.

Comer com prazer é um ato de reconexão. É permitir-se saborear, sentir e escolher o que faz sentido para o seu corpo naquele momento – sem medo e sem julgamento.

Romper com os padrões que não nos representam não significa abandonar a saúde, mas sim ressignificá-la. Significa entender que saúde não é um número na balança, mas um estado que envolve bem-estar físico, mental e emocional. É se respeitar e ser gentil.

Pode ser um processo desafiador, especialmente quando vivemos cercados de informações que reforçam o oposto. Mas é um processo que vale a pena, um caminho de equilíbrio, autonomia, respeito e saúde.

Comer com prazer é um direito. E você não precisa fazer isso sozinho.